limpeza e desinfecção

Desinfecção e limpeza: perguntas e respostas frequentes

O que é a desinfecção?

A desinfecção é o processo de eliminar microorganismos infecciosos (germes) ou de inactivar e retardar o seu crescimento, mediante o uso de agentes químicos e físicos aptos para este fim. Este processo é aconselhável para nos proteger de possíveis infecções e contágios, especialmente quando existem riscos de pandemia, como a COVID-19.

Qual é a diferença entre limpeza e desinfecção?

A limpeza é um processo que permite retirar a sujidade e eliminar certos germes, partículas alergénicas e outros agentes que, de concentrar-se num mesmo ambiente, podem ter repercussões negativas na nossa saúde. 

No entanto, a limpeza por si mesma não garante a destruição dos microorganismos nocivos que, pelo contrário, só são eliminados em processos de desinfecção. 

Por outro lado, o processo de desinfecção só tem sentido depois de fazer uma boa limpeza (água e sabão são uma boa mistura de limpeza) e, em especial, se se tem suspeitas que as superfícies podem estar contaminadas por se ter estado em contacto com pessoas portadoras de doenças contagiosas.

Qual é a diferença entre desinfecção e esterilização?

De forma simples, a principal diferença é que a desinfecção garante um nível adequado de limpeza e a esterilização assegura um nível externo. É importante entender que essa limpeza extrema apenas é necessária em certos contextos, como sanitários, apesar de que em outras actividades humanas, como a limpeza dos artigos domésticos, é suficiente a desinfecção

Desinfecção Esterilização
Destrói parte da vida microbiana

Não mata esporos 

Processo mais rápido

Destrói parte da vida microbiana

Destrói quase toda a vida microbiana

Mata esporos

Processo prolongado

Quando é mais necessária a desinfecção?

O processo de desinfecção é especialmente necessário quando há pessoas de maior risco ou portadores de patogénicos e alergénicos. 

Pessoas de risco Motivos
Bebés O sistema imunológico dos bebés tem um progresso de forma mais lenta e não está preparado para as infecções da mesma forma que o sistema imunitário de uma pessoa adulta (a imunidade do bebé representa 17% de a de um adulto), o que os faz mais vulneráveis. 
Grávidas Numa fase inicial da gravidez, o sistema imunológico da mulher debilita-se para evitar que o seu corpo rejeite o embrião. Para além disso, deve evitar contrair doenças que a ponham em risco ou ao bebé.
Pessoas maiores Com o passar do tempo, o sistema imunológico humano diminui e aumentam as possibilidades de contrair doenças. A isso se somam as doenças que crónicas que possam existir ou motivadas pela velhice, que fazem esse grupo mais vulnerável. 
Pessoas com doenças associadas Especialmente pessoas que sofrem de doenças crónicas como diabetes, transtornos cardiovasculares, doenças respiratórias ou cancro, entre outros, há que evitar o contacto com germes ou vírus que possa agravar os problemas de saúde. 

 

Agentes portadores Motivos
Pessoas doentes As pessoas que contraem doenças são portadoras da mesma e podem infectar outras pessoas, incluindo se são portadores assintomáticos. Conforme o caso, o microrganismo infeccioso poderá transmitir-se e contrair-se por diferentes vias, ou disseminar-se durante um período de tempo maior ou menos, antes e depois de serem detectados. 
Animais de estimação Os animais podem ser portadores de muitos alergénicos e patogénicos que causam doenças nos seres humanos. Por isso, a presença destes em casa pressupõe uma série de regras básicas de higiene, aplicáveis tanto ao animal como às pessoas ou aos espaços em que se encontra.
Alimentos Os alimentos também podem transmitir micróbios patogénicos, sendo os mais susceptíveis de estar contaminados os alimentos de origem animal crus (carnes, ovos, mariscos, leite não pasteurizado…) ou os legumes crus. 

O que é um desinfectante?

São substâncias químicas cujo emprego permite destruir os microorganismos (bactérias, vírus…) ou inibir o seu desenvolvimento, exercendo a sua acção sobre superfícies e objectos inanimados. 

De acordo com as suas características, podem ser mais ou menos agressivos, o que por sua vez implica maior ou menor grau de perigo para os seres humanos, podendo causar efeitos tóxicos e irritantes. Para além disso também podem ser mais ou menos eficazes e ter um efeito mais ou menos prolongado. 

Não se deve confundir desinfectantes com anti sépticos, que são substâncias que matam ou impedem o desenvolvimento de microorganismos sobre os tecidos vivos. Ou seja, são os que aplicamos em feridas e queimaduras para prevenir ou tratar infecções nos tecidos lesionados. Logicamente, são menos poluentes que os desinfectantes para garantir que não provocam o efeito contrário. 

desinfecção

Qual é o melhor desinfectante para a casa?

Não existe um produto mágico e único que se possa considerar o melhor desinfectante para a casa. Existem, sim, uma série de produtos que se podem usar tendo em conta as preferências ou de forma combinada. Indicamos alguns que podem ser utilizados, tanto para desinfecção específica para cornavírus como para outros tipos.

Produtos indicados pela DGS como produtos que destróem o novo coronavírus

Produto Considerações
Lexívia Pode utilizar lixívia diluída na dose recomendada: 

  • Diluída para 0.05%, ou seja, 1 medida de lixívia com 99 medidas de água 
  •  1 dose de lixívia para 49 de água no caso de ser um espaço em que houve presença de uma pessoa com COVID-19.

Proteja-se do contacto com o produto usando luvas de cozinha, roupa que tape todo o corpo e óculos protectores.

Durante e depois da aplicação, mantenha as janelas abertas e o espaço bem ventilado.

Álcool  As soluções que tenham pelo menos 70% de álcool são eficazes e bons desinfetantes para superfícies, nomeadamente para o coronavírus.O álcool pode uma opção especialmente boa para as superfícies que não podem ser desinfectadas com lixívia. Caso utilize um álcool que indique 96% no rótulo (o mais frequente), deve diluir em água numa proporção de 7 doses de álcool para 3 de água. 

 

Outros produtos desinfectantes mas que não estão recomendados para se utilizar para eliminar o SARS-Cov-2 de superfícies:

Produtos con biocidas Podem utilizar-se mas de forma pontual e não de maneira generalizada, porque o seu uso continuado pode provocar o aparecimento de bactérias resistentes ao produto. 
Produtos com oxigénio activo São mais perigosos e alguns podem considerar-se até nocivos (indicado nas etiquetas), pelo que se tem de ter maior atenção durante o seu uso. 
Bicarbonato Outro desinfectante natural alternativo à lixívia, ainda que menos eficiente em casas de banho. 
Detergente multiusos desinfectante sem lexívia Também existem no mercado produtos desinfectantes para todo o tipo de superfícies que, apesar de não conterem lixívia, têm uma acção desinfectante. Aconselha-se a que se comprove o modo de emprego indicado em cada etiqueta, ainda que este tipo de produto só possa ser testado dermatologicamente e não danificar as superfícies.

Em qualquer caso, aconselha-se a que não se abuse de nenhum produto, especialmente de lixívias e outros desinfectantes que podem ser nocivos e atender com precaução às normas de utilização para evitar acidentes. 

Vinagre como desinfectante, funciona?

Segundo o Instituto de Higiene e Medicina Tropical da Universidade Nova de Lisboa apesar de haver muita informação de que o vinagre seja eficaz na desinfecção de superfícies e na destruição de coronavírus, não existem evidências científicas para tal, pelo que não devemos usar o vinagre com a finalidade de desinfetar superfícies.”

Não confunda o vinagre branco, específico para a limpeza, com vinagre de vinho branco, usado para fins culinários.

Como desinfectar a casa?

Nem todas as zonas da casa têm as mesmas características e finalidades, pelo que a desinfecção de cada espaço deverá ser de acordo com as necessidades. De seguida, indicamos alguns conselhos para cada divisão.

Zona Recomendações
Cozinha
  • Desinfecta com maior frequência as bancadas, torneiras, lavatórios e superfícies que estejam em contacto constante com as mãos (portas de electrodomésticos, puxadores ou utensílios.
  • Limpar o interior dos móveis com certa frequência e o congelador por dentro e por fora a cada 3 meses, aproximadamente.
  • Desinfectar a tábua de cortar alimentos e tentar usar tábuas diferentes para vegetais crus e para produtos de origem animal.
  • Trocar com frequência os panos e trapos, lavá-los a alta temperatura e mantê-los bem secos. Convém desinfectar os panos húmidos ao fim do dia, deixando-os 15 minutos de molho com desinfectante, enxugá-las e deixá-las secar.
  • Tirar o lixo diariamente e manter o balde desinfectato. 
Casa de banho
  • Limpar e secar pavimentos e paredes para evitar o aparecimento de bactérias e fungos. Ventilar bem o espaço depois do banho e enxaguar bem os restos de sabonete e sais. 
  • Desinfectar regularmente a casa de banho com utensilios exclusivos para este fim e impregnados de desinfectante.
  • Manter limpas as torneiras, lavatórios, maçanetas, sanitas e duche ou banheira.
  • Não deixar que se acumulem resíduos em copos ou dispensadores de sabão.
  • Lavar e trocar semanalmente as toalhas, assim como as colocar a secar depois do uso.
Sala
  • Para uma limpeza eficiente, começar por passar o aspirador ou varrer o chão, seguindo de uma limpeza de pó, limpar as superfícies e, finalmente, desinfectar. 
  • Desinfectar com maior frequência as superfícies em que se come ou se pousa a comida. 
  • Manter o espaço bem ventilado diariamente.
  • Lavar a alta temperatura os tecidos com que se tenha mais contacto, como mantas de sofás e com certa frequência o resto dos tecidos (almofadas, cortinados). 
  • Não esquecer de desinfectar os elementos e utensílios que mais entram em contacto com as mãos: puxadores de portas, de janelas, comandos à distância, cinzeiros…
Quartos
  • Seguir os conselhos indicados para a sala, quando fizer sentido.
  • Desinfectar de vez em quando o interior dos armários e garantir que não há humidade dentro dos móveis.
  • Desinfectar as solas dos sapatos antes de os guardar no armário.
  • Sacudir o colchão de vez em quando e desinfectá-lo a cada certo tempo, para evitar a acumulação excessiva de ácaros e outros microorganismos. 
Zona de bebés
  • Tentar ter uma zona desinfectada em que o bebé possa não correr quaisquer riscos. 
  • Desinfectar superfícies que se utilizam para comer. 
  • Lavar na máquina os brinquedos moles e com água quente e produtos adequados os brinquedos rijos e o lugar onde se guardam. 
Zonas de animais de estimação
  • Ter recipientes diferentes para a água e a comida, desinfectando-os periodicamente. Não se devem colocar na cozinha. 
  • Evitar tocar no animal de estimação ou nos seus brinquedos enquanto cozinha ou come e manter uma boa higiene de mãos quando está com ele. 
  • Não deixar que suba às superfícies que vão estar em contacto com alimentos.
  • Limpar e secar se se molha ou macha depois de estar na rua.

Durante a pandemia de COVID-19, os organismos de saúde públicos recomendam intensificar a limpeza dos objectos tocados com maior frequência, tais como:

  • Puxadores e maçanetas
  • Corrimões e gradeamentos
  • Interruptores e botões, especialmente em espaços comuns (como elevadores)
  • Telefone e telemóveis
  • Comandos à distância
  • Torneiras
  • Mobiliário e electrodomésticos de grande uso
  •  Utensílios de cozinha e escritório.
    desinfectar a casa

Como desinfectar colchões?

 Uma forma rápida e eficaz de desinfectar o colchão e outro tipo de tapeçarias e de neutralizar maus odores é: 

  1. Polvilhar bicarbonato de sódio por toda a superfície (uma quantidade considerável) 
  2. Deixar repousar o produto sobre a superfície durante 2 ou 3 horas
  3. Retirar o bicarbonato sacudindo com força usando um pano seco ou um aspirador.

Se quer dar um odor agradável ao seu colchão, pode misturar previamente o bicarbonato de sódio com sais essenciais para que o tecido impregne o aroma. 

Como desinfectar a roupa? 

Para desinfectar a roupa recomenda-se usar produtos desinfentantes têxteis que não danifiquem os tecidos e usar ciclos de lavagem de 60 ºC

No entanto, há que ter e conta que nem todos os tecidos aguentam estas temperaturas e que o consumo de energia e o gasto aumenta com o uso de temperaturas de lavagem elevadas. 

Por isso, recomenda-se reservar essas medidas para aplicar em roupa em casos necessários: pertencer o algum doente, ter estado em contacto com superfícies contaminadas ou ser usada por pessoas mais vulneráveis. 

Para o resto recomenda-se tomar medidas de prevenção, tais como: 

  • Não acumular vestuário com mau odor no cesto para evitar a transmissão de bactérias e odores.
  • Lavar o antes possível o que seja necessário desinfectar.
  • Lavar com frequência as toalhas, lençóis e tecidos com que se tenha maior contacto.
  • Colocar as toalhas a secar cada vez que se utilizem.
  • Estender a roupa quando acabar a lavagem, se possível no exterior, e esperar que seque por completo antes de a guardar.

Quanto custam os serviços de limpeza doméstica?

Os serviços de limpeza doméstica ou limpeza ao domicílio podem orçamentar-se por hora ou por serviço completo. Os valores por hora partem a nível nacional dos 10€/h podendo subir até aos 60€/h de acordo com as características do serviço. Para estabelecer o preço, as empresas de limpeza de casas e profissionais do sector tem em conta os seguintes aspectos:

  • Tipo de limpeza: de acordo com cada caso, poderá optar-se por uma limpeza de manutenção (mais superficial), uma limpeza profunda, uma limpeza de desinfecção, uma limpeza de fim de obra… Em cada caso, o ponto de partida é diferente, pelo que também pode ser o preço, porque implica mais horas de trabalho por parte do pessoal de limpeza ou porque as tarefas são mais dispendiosas.
  • Tarefas a realizar: as tarefas que se incluem também afectam o preço final. Os serviços de limpeza doméstica podem incluir desde a limpeza de superfícies e chão, a lavagem de paredes, janelas, persianas, electrodomésticos e/ou tecidos. Dependendo do caso, também se poderá fazer desinfecção de certas zonas da casa.
  • Frequência de contratação: de maneira geral, quando se contrata um serviço regular de limpeza, o preço é mais económico do que se tratar de uma contratação pontual. 
  • Materiais e/ou maquinaria: ao contratar o serviço, outro dos aspectos a considerar é se os materiais serão proporcionados pelo cliente ou pelo/a profissional. Consoante o caso, é habitual que se adicione um extra pelos custos dos produtos e ferramentas que se usaram para efectuar o serviço. Por outro lado, se for necessário utilizar ou facultar maquinaria especial de limpeza (aspiradores, máquinas de limpeza a vapor, etc.), também se cobrará o extra correspondente. 
  • Deslocação: ao tratar-se de um serviço de limpeza ao domicílio, consoante a distância a que se encontre a casa, poderá cobrar-se um custo associado aos gastos de deslocação.


Preços de serviços de limpeza (orientativos)

Tipo de limpeza  Intervalo orientativo de valores
Limpeza de apartamentos  10 €/h – 30 €/h
Limpeza de escritórios  10 €/h – 16 €/h
Limpeza de condomínios 10 €/h – 25 €/h
Limpeza de pós-obra 120€ – 320€
Limpeza de telhados 3€ – 6€ /m2
Limpezas de fachada 10€ – 65€ /h
Limpeza de jardim 10 €/h – 40 €/h
Limpeza de espaços comerciais 10€ /h- 25€/h
Limpeza de tapetes  5€/m2 – 13€ /m2
Limpeza de sofás 25 € – 200 €
Limpeza de colchões 30 €/ud. – 80 €/ud.

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