prestação de casa

Prestação da casa: quais os custos e como poupar?

Comprar ou arrendar? Existem sempre alguma opiniões diferentes neste ponto, porque se por um lado, arrendar pode ser mais dispendioso a longo termo e não nos garante nenhum lucro ou património, comprar uma habitação própria requer, normalmente, um financiamento externo. Caso queira investir numa compra, agora ou no futuro, neste artigo damos-lhe as dicas para que consiga poupar na prestação da sua casa.

Conheça todos os custos associados à prestação da casa

O primeiro passo para conseguir cortar custos é conhecer estes mesmos custos. Perceber quais são as principais rubricas de despesa e a sua dimensão. Ao contrário do que se possa pensar, a prestação não se resume ao pagamento do crédito. Podem haver alguns valores extra:

Prestação de Crédito

A prestação do crédito é, ainda, o principal custo que se tem de suportar na aquisição de um imóvel. O valor da prestação é resultado de duas variáveis:

Spread: A suposta margem de lucro que o banco tem com aquela operação, margem esta que está associada ao risco da operação. O valor do spread não se altera ao longo de todo o contrato, a não ser que tente renegociar com o seu banco;

EURIBOR:  A taxa de referência dos créditos que visa fazer passar o custo do financiamento do banco para os clientes. A Euribor é uma taxa média de mercado, o que significa que irá variar todos os dias.

Seguros

A contratação de seguros é obrigatória quando contrata o crédito habitação. O banco irá solicitar o seguro de vida, para se precaver quanto ao nível de rendimento do cliente, bem como um seguro multirriscos, para garantir que o imóvel está protegido. 

Na realidade, a prestação com seguros acaba por pesar bastante todos os meses, sendo que em muitos casos pode ser mesmo superior ao valor da prestação com o crédito. Por exemplo, para capitais mais elevados e para pessoas mais idosas ou com problemas de saúde, o prémio mensal do seguro pode superar a prestação do crédito.

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Comissões associadas à prestação da casa

Os bancos têm sido tentados a subir as comissões que praticam. Com a queda das taxas de juro torna-se necessário compensar a redução de rentabilidade, o que tem sido procurado pelo aumento de todo o tipo de comissões. 

Quando se relaciona com o banco terá de suportar a comissão de manutenção de conta, a comissão de processamento de prestação (isto é, tem de pagar uma comissão para pagar a prestação) e depois as diversas comissões de operações. O valor das comissões pode ser maior ou menor dependendo do banco e do pacote de serviços que contrata.

Cartões e outros

Com a contratação do crédito habitação, terá de suportar ainda diversas comissões com o cartão de débito, o cartão de crédito ou outros produtos conexos. Estas pequenas comissões são menos visíveis mas poderemos conhecer o valor global do crédito ao analisar a TAEG ou Taxa Anual de Encargos Efetiva Global. Esta taxa é a taxa que deve ser usada para comparar diferentes operações de crédito.

Como poupar em todos estes custos da prestação da casa?

É possível cortar os encargos com cada um destes custos. Assim, se estiver a pensar fazer um novo crédito ou se já tem um crédito em curso, existem estratégias que poderá usar.

  1. Prepare bem o seu processo – Antes de pedirmos um crédito temos de preparar bem a nossa operação. É essencial recolher documentos e perceber o que o banco quer ouvir. Noções como taxa de esforço, estabilidade de rendimentos ou relação entre o empréstimo e a garantia são fundamentais, pelo que sugerimos que estude bem a operação.
  2. Garanta que tem capitais próprios – Os bancos não dão crédito habitação a 100%. Quer isto dizer que temos sempre de ter património para o pagamento de despesas e para dar de entrada na compra da casa. Conte com pelo menos 15% do valor da compra mas quanto mais tiver maior será a sua capacidade negocial.
  3. Consulte diversos bancos – Não faz sentido aceitarmos a primeira proposta que nos é apresentada. Deveremos ser rigorosos quando estamos a fazer uma compra desta magnitude.
  4. Negoceie as operações – A vantagem de existirem diversos bancos consiste na possibilidade de negociação. Podemos negociar com os bancos e usar a oferta de um banco para pressionar o outro banco a baixar os encargos.
  5. Atenção a todos os custos – Como referido acima, o custo do crédito depende de inúmeros pequenos custos. Assim, deveremos procurar negociar todos os pequenos custos, percebendo que cada banco tem a sua oferta e o seu posicionamento. Uns procuram não cobrar comissões mensais. Outros têm uma oferta mais agressiva ao nível do spread. O Importante é atentar a todos os custos e procurar negociar. Por exemplo, pedir a isenção dos seguros mesmo que isso implique num spread maior (pode compensar muito).
  6. Não tenha medo de negociar – Os bancos estão habituados a negociar e têm sempre margem para baixar os custos de modo a garantir que conseguem captar os melhores clientes. Assim, não deve ter medo nem vergonha em negociar. O “não” está sempre garantido e se temos cerimónias acabamos por ser nós os prejudicados.prestaçao de casa

É possível poupar dinheiro na contratação do seu crédito mas temos de ter alguma agilidade mental e seguir algumas estratégias simples. O melhor é que é possível fazermos isto por nós próprios, mas caso precise tem sempre a possibilidade de contratar intermediários de crédito que não lhe cobram nada por esse serviço.

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Texto realizado em parceria com a Reorganiza. 

A Reorganiza é uma empresa especializada em Finanças Pessoais. Ajudamos as famílias a ganhar mais dinheiro, através de estratégias de negociação com os bancos e seguradoras. Já publicámos 6 livros nesta temática.