Resultados do 3º Estudo Nacional de Competitividade Regional
Estudo Nacional: Empresários portugueses estão optimistas quanto ao futuro das suas empresas
-61% dos empresários nacionais estimam melhorias no desempenho dos seus negócios em 2018;
-Mais de metade dos empreendedores portugueses (56%) aconselha à criação de novas empresas no distrito onde operam;
-61% das empresas registam uma situação financeira razoável (uma subida de mais de 3% face ao ano anterior);
-45% dos empresários portugueses aumentam receitas ao longo de 2017;
Os empresários portugueses mostram-se optimistas quanto à evolução dos seus negócios. De acordo com a terceira edição do Estudo Nacional de Competitividade Regional, elaborado pela plataforma online Zaask, nos 18 distritos e regiões autónomas do País, 61% dos empresários estimam melhorias no desempenho das suas empresas em 2018.
O estudo nacional, realizado em colaboração com a Universidade Católica Portuguesa, analisa, pelo terceiro ano consecutivo, a competitividade dos distritos, o apoio do Governo Regional/Local, a situação financeira das empresas e a situação económica das regiões, com base num inquérito realizado a 2.562 microempresas, entre 1 e 10 funcionários, das quais 2.062 desenvolvem a sua actividade em Portugal e as restantes 500 em Espanha. No mercado português, este tipo de empresas representam mais de 85% das PME.
Numa comparação com a segunda edição do estudo nacional, é possível concluir que a situação financeira das empresas melhorou ligeiramente, acompanhada por uma evolução da situação económica nacional. Em 2016, 59% dos empresários portugueses classificou a situação financeira da empresa como razoável, observando-se um crescimento de mais de 3% para um valor de 61% em 2017. Se olharmos para o país vizinho, há maior percentagem de empresas em situação percebida como má ou muito má em Espanha (38%) do que em Portugal (23%).
Quanto à situação económica por distrito, 86% dos empresários classifica-a como sendo razoável, boa ou muito boa. Um indicador que em 2016 representava apenas 68% e que, agora, reflete um aumento de cerca de 27% da confiança na economia nacional.
O estudo nacional revela ainda que 45% dos empresários destaca uma maior evolução das suas receitas no ano de 2017, o que representa um crescimento de 25% face ao período homólogo.
A competitividade no distrito
À semelhança do estudo lançado em 2016, a maioria dos empresários portugueses (56%) aconselha a instalação de um novo negócio no seu distrito, embora se tenha registado um decréscimo na ordem dos 10% neste parâmetro (62%).
Já quanto ao grau de facilidade no lançamento de um novo negócio, apenas 18% dos empreendedores portugueses perceciona essa tarefa como fácil ou muito fácil, a contrastar com os 38% que afirmam ser difícil ou muito difícil.
Por outro lado, os empresários portugueses continuam a sentir dificuldades na contratação de empregados para o seu negócio. Apenas 17% considera fácil ou muito fácil contratar no seu distrito, um valor que em 2016 se situava nos 21%.
Lisboa, Portalegre, Aveiro e Porto destacam-se como sendo os distritos em que existe maior facilidade em contratar, segundo as microempresas.
Apoio do Governo Regional/Local
A maioria dos inquiridos não tem conhecimento da existência de programas de formação para pequenos empreendedores, oferecidos pelo governo regional/local, sendo esse desconhecimento maior em Portugal (74%) do que em Espanha (65%).
Os programas de networking promovidos pelos governos regionais/locais são ainda menos conhecidos entre os inquiridos: no total, apenas 14% afirma ter conhecimento dos mesmos (12% em Portugal e 19% em Espanha).
Situação financeira da empresa
No estudo de 2016, relativamente à situação actual da empresa, mais de metade dos empresários nacionais encaravam a sua situação como razoável (59%). Em 2017, o indicador volta a subir ligeiramente (61%).
As empresas dos distritos de Beja, Bragança e Coimbra são aquelas que avaliaram a sua situação financeira de forma mais negativa.
No que concerne às receitas, 45% dos empresários portugueses refere que estas aumentaram muito ou um pouco nos últimos 12 meses de 2017 face aos 36% verificados em 2016. Uma vez mais, a avaliação dos inquiridos é ligeiramente mais positiva em Portugal do que em Espanha.
Neste sentido, é patente na generalidade da amostra um otimismo em relação ao futuro. Apenas 8% dos empreendedores portugueses perspectivam uma evolução negativa da sua empresa. No polo oposto, são quase dois terços (61%) os que estimam melhorias no desempenho das organizações.
Castelo Branco, Setúbal, Guarda e Lisboa são os distritos mais otimistas face às perspetivas futuras, enquanto Beja olha para as mesmas com um maior pessimismo.
Situação económica do distrito
Quando questionados sobre a situação económica do distrito a que pertencem, 86% dos empresários portugueses consideram ser razoável, boa ou muito boa. Com base no mesmo indicador, apenas 68% o avaliou desta forma em 2016, o que significa que existiu um aumento de aproximadamente 27%.
Faro, Leiria e Lisboa são os distritos que registam uma melhor situação económica.
Algumas curiosidades sobre os distritos
– Vila Real, Guarda e Bragança são os distritos que os empresários locais mais recomendam para lançar um novo negócio;
– Guarda e Aveiro são os distritos onde é mais fácil lançar um negócio;
– Bragança, Açores e Évora são os distritos onde é mais difícil recrutar;
– Os empreendedores da Guarda são os que sentem uma maior satisfação com a situação da sua empresa e um dos mais otimistas em relação ao futuro;
– Lisboa bate Porto na maioria dos indicadores avaliados pelos empreendedores, com exceção apenas no que diz respeito ao lançamento de um novo negócio no distrito, no qual os portuenses se mostram mais favoráveis;
– As Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores voltam a destacar-se pelo maior conhecimento da existência de ações de formação e de programas de networking, sendo também a Madeira uma das regiões com maior acompanhamento por parte das entidades locais. No extremo oposto, Évora destaca-se como o distrito que menos sente esse acompanhamento;
– Castelo Branco é o distrito que apresenta uma melhor perspectiva de evolução nos próximos 12 meses e um dos que mais reconhece a existência de programas de networking pelos governos regionais/locais.
Aceda ao estudo completo aqui.
A Zaask e o Estudo
A Zaask realizou pelo terceiro ano consecutivo o Estudo Nacional de Competitividade Regional em colaboração com a Universidade Católica Portuguesa. Responderam ao inquérito 2.562 empresas, das quais 2.062 (80%) desenvolvem a sua actividade em Portugal e as restantes 500 (20%) em Espanha. Tal como nos anos anteriores, o objectivo do estudo é aferir o sentimento das empresas relativamente aos distritos/regiões onde estão inseridas e respectivos governos locais.